domingo, 8 de setembro de 2013

SEM MEDO, PREGUIÇA, DÓ, CHORO - CNEU DOMÍCIO

CNEU DOMÍCIO CORBULO – GENERAL ROMANO

CNEU DOMÍCIO CORBULO era de uma família romana senatorial (família do senado romano) que viveu durante o primeiro século dC. Sua carreira política ascendeu durante o reinado de Tibério, onde foi nomeado cônsul em 39.

Em 47, foi nomeado comandante do exército da Germânia Menor, pelo imperador Cláudio, esta homenagem recebida do Imperador pode ter sido devido ao seu desempenho durante a invasão da Grã-Bretanha.

No comando dessas tropas, é muito possível que ele tinha atacado tribos germânicas e a Chauci Cheruscos. Retornando a Roma, permaneceu lá até o ano 52, altura em que foi nomeado governador da província da Ásia.

Com a morte de Cláudio e a ascensão de Nero ao trono, CORBULO é enviado para as províncias orientais, a fim de agir dentro da questão arménia, que tinha sido reconquistada a pouco tempo.

Cada vitória e cidade conquistada por CORBULO fazia crescer sua popularidade, principalmente entre as massas e seu exército. Tal fama trouxe preocupação ao reinado do imperador Nero que tinha receio de uma conspiração apoiada por CORBULO. Assim, Nero convocou CORBULO e os Governadores das duas Germânias para uma reunião na Grécia. Na chegada a Corinto , mensageiros de Nero interrogaram o Geraral CORBULO sobre as conspirações obrigando-o a cometer suicídio. Ele obedientemente caiu sobre sua espada dizendo AXIOS ("Eu sou digno").

Grandes homens, grandes desafios, grandes histórias.

Abner Ferreira de Carvalho – Maj. QOCBM
Fonte: Julio López Saco - Escuela de Historia, UCV






LGE - Aeroportos do Brasil



LEGISLAÇÃO EM VIGOR


A Agencia Nacional de Aviação Civil no Brasil – ANAC, com objetivo de atender às exigências internacionais, estabeleceu critérios regulatórios para a implantação, operação e manutenção dos serviços de prevenção, salvamento e combate a incêndio nos aeródromos civis, de acordo com a legislação estabelecida pela Organização da Aviação Civil Internacional (OACI). Isso porque, para a empresa aérea desfrutar de todas as vantagens de uma aeronave moderna, necessita dispor não só de infraestrutura e facilidades aeronáuticas, más também de um forte apoio de serviço público em terra.

Além disso, é necessário assegurar o funcionamento e a padronização destes serviços, equipando-os com meios, materiais modernos, eficientes e recursos humanos dotados de formação técnico profissional que lhe proporcione elevado padrão de desempenho. Neste sentido, a INFRAERO contratou uma empresa especializada em projetar, instalar e fornecer produtos e sistema de proteção contra incêndio, para realizar um teste de fogo em vários lotes de LGE (Líquido Gerador de Espuma) estocados nas Seções de Contra Incêndio dos Aeroportos. 

O teste foi realizado em laboratório independente, credenciado pelo IMETRO, porém, segundo a empresa contratada, os testes revelaram resultados alarmantes, pois das 06 (seis) amostras recolhidas em diferentes aeroportos, cinco foram Reprovadas. Isso colocou sob suspeita o LGE estocado pela INFRAERO e a qualidade dos produtos comercializados no mercado. (revista nº 95 Incêndio p 12). A execução destes testes mostra a preocupação da empresa em manter seu alto nível de segurança nos serviços prestados.
Sabe-se, que o LGE é um produto concentrado e serve para combater incêndio em líquidos combustíveis inflamáveis (combustível de aviação) e foi desenvolvido para formar uma espuma por meio de certa proporção de água e ar.

Ressalto que existe diversos tipos de LGE, para diferentes necessidades e aplicações. Assim, as empresas dever observar a correta especificação do LGE que deseja, exigindo antes da compra um teste prático do produto. Recomendo ainda que a avaliação deste produto seja incluído nos programas de avaliação periódico da empresa.

Considerações sobre os requisitos da ICAO.

O serviço de combate ao fogo nos aeroportos civis, na maioria dos países, tradicionalmente usavam LGE(s) em conformidade com requisitos que não eram especificamente formulados para combate a incêndios na aviação civil.

Em Novembro de 1990 a ICAO revisou o “ANNEX 14” (Aerodromos) para introduzir novos requisitos, desenvolvidos por profissionais da aviação civil. Estes foram especificamente desenvolvidos para avaliar a compatibilidade dos LGE(s) para uso nos aeroportos civis e incorporando técnicas mais recentes para esta analise.

Testes de Laboratório.
A norma ICAO exige que os LGE(s) para combate ao incêndio atendam a uma série de especificações de testes de laboratório como pré-requisito para os testes de fogo de campo. É muito provável, caso o LGE não atenda a algum destes requisitos, que o custo do teste de fogo não seja viável tornando-se desnecessário.

pH: O valor do pH é a medida da acides ou alcalinidade do LGE. Com a finalidade de prevenir corrosão das tubulações ou dos tanques de LGE do veiculo de combate, o LGE deve ter um pH na faixa mais neutra possível. O pH do LGE é determinado com um medidor adequado contendo um eletrodo com bulbo de vidro e deve registrar na faixa de 6 a 8,5.

Viscosidade: A viscosidade do LGE é uma indicação da resistência que ele terá para fluir nas tubulações de um veiculo de combate a incêndio e os consequentes comprometimentos no sistema de água. O teste é conduzido simulando temperaturas baixas de uso. Nestas condições a medida da viscosidade não deverá exceder 200mm/s. Qualquer registro de viscosidade mais alta poderá restringir o fluxo e retardar a mistura do LGE com a água comprometendo a dosagem requerida e consequentemente sua eficácia no combate.

Sedimentação: A Sedimentação pode ocorrer em um LGE que contenha impurezas ou caso ele esteja sujeito a estocagem inadequada, condições severas de temperatura ou variações bruscas desta. Uma sedimentação exagerada pode afetar o fluxo do LGE no sistema de proporcionamento e reduzir sua eficiência no combate as chamas. 

Uma amostra representativa do LGE é transferido para um tubo graduado e submetido a centrifugação até que todo sedimento vá ao fundo de forma consistente e mensurável. O volume do depósito é determinado e traduzido em porcentagem do LGE no tubo. Este valor não deve ser superior a 0,5% de sedimento em volume.

· Propriedades da Espuma: As propriedades da espuma são uma parte essencial na performance do LGE no combate ao incêndio. A espuma, para efeito de teste, deve ser produzida com o esguicho UNI-86, ou outro semelhante em vazão e edução de ar e com uso reconhecido para espuma de baixa expansão. A espuma é direcionada para uma plataforma coletora de espuma e finalmente condicionada num cilindro graduado para medida da drenagem e expansão. 
Um cronometro é acionado com o cilindro cheio. A massa líquida da espuma é determinada com o uso de uma balança apropriada. Determina-se a expansão e o volume de líquido necessário para a medida de 25% de tempo de drenagem. Toma-se o tempo de drenagem de 25% de líquido da espuma.

Teste de fogo: A primeira consideração em qualquer acidente com aeronave é o combate ao fogo. Grandes aeronaves de passageiros levam milhares de litros de combustível de aviação, aumentando potencialmente os riscos. Segundos fazem a diferença entre a vida e a morte para os passageiros dentro de uma aeronave em chamas. A prioridade deve ser para um LGE que promova uma espuma com qualidades especiais de rápido abate as chamas (fast Knockdown).

ma outra importante consideração é que as partes quentes da fuselagem ou pneus existentes nos destroços possam rapidamente provocar o retorno das chamas (burn back) incendiando os vapores combustíveis. O risco do retorno das chamas de forma repentina e inesperada pode ser catastrófico colocando em sério risco a integridade da fuselagem, dos passageiros e dos bombeiros. È primordial que o LGE usado também promova uma espuma com notável resistência à reigniçao.

Pelas razões mencionadas, a ICAO entende que a melhor qualidade de espuma para a aviação civil deve combinar uma capacidade muito grande de um rápido abate às chamas (fast knockdown) com propriedades de um bom pós-extinçao, ou seja, deve possuir também um alto nível de resistência à reigniçao. O teste proposto pela ICAO foi desenvolvido para identificar estas qualidades e estabelecer dois níveis de performance.

Tipo A: Área de 2,8 m² com taxa de aplicação de 4,1 l/min.m²
Tipo B: Área de 4,5 m² com taxa de aplicação de 2,5 l/min.m²

O teste é feito com esguicho UNI-86, com vazão de 11,4 l/min a uma pressão de 6 a 6,6 bar. O esguicho é montado 1 m acima da borda do tanque e a uma distancia que assegure que o jato de espuma incida no centro do tanque, na superfície do combustível, de formas a simular uma condição o mais real possível do combate às chamas.

 A solução de LGE é previamente preparada com água potável e os equipamentos são previamente testados para assegurar um trabalho com uma pressão e vazão corretas, atendendo as taxas de aplicação definidas por norma. Um lastro de água é colocado para cobrir qualquer irregularidade da base do tanque de prova. Sobre o lastro é colocado o combustível de aviação (Querosene de Aviação).

O combustível é aceso com o auxilio de uma tocha. A contagem do tempo de pre-aquecimento, de 60 segundos, inicia-se, quando toda a área de combustível esta em chamas. A espuma é aplicada continuamente mantendo-se uma pressão no esguicho de cerca de 700 Kpa (7 Bar) for 120 segundos. 

Uma importante característica do teste é que o operador pode mover o esguicho de um lado para o outro, em movimentos de varredura. Isto permitira extinguir pequenas chamas que poderiam distorcer o resultado do teste O tempo para extinção não deve exceder 60 segundos. A espuma é aplicada por um tempo total de 120 segundos para assegurar uma quantidade realística de camada de espuma (taxa de aplicaçao).
Um teste de resistência a reigniçao é efetuado, no sentido de medir a capacidade da espuma em proteger o combustível de um possível retorno às chamas devido a partes quentes da fuselagem e dos pneus.

Um recipiente de 30 cm de diâmetro, contendo dois litros de combustível em chamas, é colocado no centro do tanque e deixado queimar por 120 segundos. Isto reproduz uma pequena chama que desapercebidamente permaneceu após a extinção do incêndio. Em cinco minutos de observação poderá haver um retorno máximo das chamas de 25% ou ¼ da área total do tanque.

O teste da ICAO permite um alto nível de repetibilidade. Isto se deve porque a atuação semi fixa do esguicho reduz a dependência da ação do operador e também porque o querosene de aviação tem uma especificação muita bem definida. As condições do tempo são também especificadas para minimizar influencias externas.

No passado, as normas se limitavam a testar somente certas categorias de compostos de concentrados de espuma. O grande valor da norma da ICAO é que de forma bastante critica permite avaliar a adequabilidade de todos os últimos lançamentos de produtos de combate a incêndio para a aviação civil. 

Não é uma tarefa fácil passar nos testes e somente os LGE(s) de boa procedência conseguem atender aos requisitos dos testes de laboratório e conseguem atender aos requisitos de performance Nível B. A aviação civil necessita a melhor proteção ao fogo possível e a norma ICAO é verdadeiramente uma grande etapa para este objetivo.

Ultima Geração em LGE(s)
É no nosso entender, AFFF e AFFF/ARC a ultima geração em Líquidos Geradores de Espuma (LGE) Contra-Incêndio para líquidos inflamáveis. A concepção de uso e o mecanismo de extinção praticamente não alteraram-se desde o lançamento da primeira espuma proteinica, porém com o advento da Fluor-Proteinica e posteriormente o LGE totalmente Sintético e Fluorado, os chamados AFFF ou A 3F, acrescentou-se uma série de benefícios à pratica de 
combate as chamas quer seja em industrias químicas, petroquímicas, marinha ou para combate a incêndios aeroportuários.


CONCEITO ORIGINAL PARA TODAS ESPUMAS MECÂNICAS

AFFF, do Inglês, Aqueous Film Forming Foam, significa uma Espuma com capacidade de Gerar um filme Aquoso que vem a ser uma película muito fina, por isto chamada de filme. Este filme é uma exclusividade dos AFFF e uma vez gerado, pela drenagem líquida da espuma, tem a capacidade de flutuar sobre o combustível, permanecendo como interface entre ele e a espuma remanescente. A conseqüência disto é um sistema de selagem dos vapores muito mais consistente formado pelo filme aquoso e o lençol de espuma. Alguns outros benefícios exclusivos do AFFF podem ser enumerados:

1.    Maior fluidez da espuma, permitindo um Abate às chamas muito mais rápido (fast Knock Down).

2.    Combate mais efetivo e exclusivo em incêndios com derramamento de combustível, permitindo que a espuma flua sobre a superfície deste e acompanhando seu fluxo mesmo em bueiros e canaletas.

3.    Menos risco para o bombeiro entrar e caminhar na área protegida com espuma devido sua rápida reconstituição, característica exclusiva devido a formação do filme aquoso.

4.    Maior estabilidade em estoque devido ser sintética e não ter constituintes deterioráveis como a proteína.

5.    Pode ser aplicado com água doce ou do mar.

6.    Pode ser armazenado em pré-mistura como no caso de extintores portáteis.

7.    Pode ser aplicado em conjunto com pó químico seco aumentando sua eficiência.

8.    Pode ser aplicado em sistema de injeção sub-superficial.

9.    Devido a baixa energia requerida para formação de espuma, pode ser usado com esguicho de jato sólido e neblina sem edução de ar.



M B Negreiros
Agena - Divisão LGE AFFF/ARC
bombeiros@bombeiros.com.br


LGE - Um pouco mais

O Líquido Gerador de Espuma - LGE, também conhecido por Líquido Concentrado Formador de Espuma, nada mais é que um detergente líquido e concentrado, desenvolvido para se misturar com a água, quer seja pura, do mar ou salobra. Depois de misturada formará uma espuma com características físico-químicas resistente a temperatura elevadas.


Os LGEs eram classificados como Líquidos formadores de Espuma Química ou Mecânica de baixa expansão. Hoje, os LGEs formadores de Espuma Química foram substituídos pelos LGEs formadores de espuma mecânica de baixa expansão. A principal diferença, como o próprio nome diz é que um formava espuma por meio de reação química ao entrar em contato com o ar. Já o LGE formador de espuma mecânica, o de ação mecânica formava espuma na mistura de LGE com água e ar. Assim, a espuma química, devido a uma série de inconvenientes fora desativada. Assim, tudo que falarmos daqui em diante refere-se a LGE FORMADOR DE ESPUMA mecânica DE BAIXA EXPANSÃO.

Os LGEs formadores de espuma mecânica de baixa expansão classificam-se em três grandes famílias, descritas a seguir pela ordem como foram surgiram:

A- LGEs Proteinicos
B- LGEs Fluoroproteinicos, e
C- LGEs Sintéticos-Fluorados.

A- LGEs Proteinicos: Os LGes Proteinicos foram desenvolvidos a partir de proteína animal. Apesar de possuírem característica superiores 'a espuma química, havia o inconveniente da baixa estabilidade de estoque. Com o tempo foi incluído em sua formula de tensoativos fluorados surgindo então os LGEs Fluoroproteinicos.

B- LGEs Fluoroproteinicos: Como o próprio nome diz, trata-se de uma mistura de proteína (animal) e Compostos Fluorados. Esta mistura trouxe um ganho qualidade na espuma formada e também no LGE. O concentrado ganhou estabilidade em tempo de estocagem e a espuma ganhou em fluidez e resistência térmica. A partir disto foi apenas uma questão de tempo para que a proteína fosse substituída completamente, embora ainda esteja em uso.

C- LGEs Sintéticos-Fluorados: A ultima geração do desenvolvimento dos LGEs encontra-se neste estágio, sendo totalmente sintéticos e fluorados. Os ganhos em desempenho foram enormes podendo ser enumerados alguns destes:

1.    Maior estabilidade do concentrado em estoque;
2.    Maior fluidez da espuma na superfície do líquido em chamas;
3.    Possibilidade de uso com água doce do mar e salobra;
4.    Uso conjunto com pó químico seco, permitindo um melhor sinergismo entre os agentes extintores;
5.    Melhor atuação em incêndio com derramamento de líquidos e incêndio "tridimensional" (incêndio alimentado por pressão);
6.    Rápido abate 'as chamas (rápido Knock Down);
7.    Aplicações com equipamentos sem aspiração de ar, permitindo o uso em Chuveiros automáticos;
8.    Uso em extintores portáteis ou equipamentos pre-mix;
9.    Melhor selagem dos vapores devido a formação de filme aquoso;
10. Melhora a atuação da água em incêndios da classe “A”, tais como papel, tecido, madeira, etc.

Mecanismos de Extinção de um LGE AFFF:


LGE: (6 litros)+ Água (94 litros) + Ação Mecânica + Ar = Espuma (300 a 1500 litros)

Espuma: (300/1500 litros) lançada na superfície = Colchão de proteção (área de 10 a 50 m2)



Vantagem do Colchão de espuma:

1.    Abafa: Isolando o combustível do comburente extinguindo as chamas.
2.    Contorna obstáculos: Devido sua boa fluidez, resultado da ação dos tenso-ativos fluorados, contorna mais facilmente obstáculos.
3.    Confina o incêndio: A espuma permite que o incêndio seja extinto por partes, mantendo a proteção nas áreas extintas e reduzindo a área em chamas.
4.    Resfria: Por conter na fase líquida pelo menos 94 % de água, atua também como um meio de troca de calor ajudando a resfriar a superfície do combustível e os obstáculos sólidos.
5.    Previne re-ignição: Protege a área extinta da re-ignição provocada por objetos quentes.
6.    Selagem dos vapores: A ação dos tenso-ativos fluorados, gerando uma maior rapidez da drenagem líquida, permite a formação de um filme aquoso que permanece na superfície do combustível e somado a espuma remanescente gera um excelente selador dos vapores combustíveis.




Mais informação no site:

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

INCÊNDIO NA BOATE KISS - "A CULPA FOI DO BOMBEIRO"


INCÊNDIO NA BOATE KISS - Centro de Santa Maria no dia 27 de janeiro de 2013, este incêndio teve resultado catastrófico e ceifou cerca de 235 vidas, segundo o advogado da Boate Kiss, "A CULPA FOI DO BOMBEIRO" ...

Senhores, sabemos que é sempre assim.... investir em PREVENÇÃO não dá IBOP, então, para que investir em treinamento e Capacitação para os Bombeiros. Hora, fato como este só ocorre em média a cada 15 ou 20 anos, tempo suficiente para a sociedade que não sofreu diretamente nenhuma perda esquecer os acontecimentos, logo, para nossas autoridades o investimento em prevenção não deve ser prioridade, não dá IBOP (votos).
Quanto a afirmação do advogado da Kiss que diz que a culpa foi do Bombeiro, penso que este profissional deve ter se esquecido das aulas de filosofia, que diz que todos os acontecimentos estão interligados. Neste aspecto relembro minhas aulas do no antigo CIPAER que dizia, --- FILOSOFIA DO ACIDENTE: "um acidente não acontece por uma unica causa, é como um efeito dominó, esperando uma das peças desequilibrar para as outras tombarem". Logo não se tem um culpado, e sim um conjunto de ações irregulares que culminaram na perca de vidas e bens.
Senhores, o problema é bem maior do que se imagina, pois é diante das catástrofes surgem os verdadeiros heróis, diferentes dos acusadores e analista de pós acontecimentos, que só aparecem depois do ocorrido e por não terem experimentado o calor da ocorrência ficam a dizer, --- porque não foi feito isso ou porque não foi feito aquilo ..., se esquecem que diante de um cenário de vida ou morte, o Comandante de um socorro dispõe de pouco tempo  para analisar o cenário e tomar uma decisão. Assim, fica o meu pesar e sentimento aos familiares das vítimas, o meu desprezo aos críticos de plantão que criticam a todos e não conseguem mudar nem a própria vida, e meu elogio e enobrecimento aos voluntários e bombeiros, pois sei que fizeram o que estava ao seu seu alcance e mesmo sem o investimento adequado em treinamento, equipamento e EPI's trabalharam ombro a ombro para salvar vidas e debelar o grande sinistro.
Porém, a sociedade quer encontrar um culpado, se não, o maior culpado para responsabilizar pelos acontecimentos, então faço a pergunta: quanto vale uma vida? meu caro ai depende para quem você está perguntando, pois para nossos pais, familiares e amigos, nossa vida não tem preço, más para os administradores públicos, somos apenas estatísticas. Neste aspecto vejo que de Norte a Sul do Brasil carecemos de bons administradores para reestruturar a máquina pública, pois assim como carecemos de mudanças no combate a incêndio, carecemos também de mudanças na SAÚDE, EDUCAÇÃO, MORADIA, TRANSPORTE, ECONOMIA , entre outros.
Tenham certeza de uma coisa senhores, se acidentes desta natureza não trouxer mudança, que Deus nos proteja, pois outro igual ou pior vai acontecer, e parafraseando nosso major Gérson da Rosa Pereira, subcomandante do 4º Comando Regional do Corpo de Bombeiros (RS), teremos que contar com sorte, pois falta juízo em nossos administradores e desapego ao cargo em nossos comandantes para não só mostrar a necessidade ao governo, más também para lutar pelas mudanças necessárias ao progresso de nossa instituição.

Maj. QOCBM Abner Carvalho